Um imenso urso, vagando. pela floresta à procura de comida, percebeu que um acampamento estava sem ninguém por perto. Aproveitando-se daquela situação, foi até a fogueira, que ardia em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda a sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando o quanto pôde.
Enquanto abraçava a grande panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor muito forte da tina. Ela o estava queimando nas patas, no peito, na barriga e por onde mais o panelão encostava.
O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpanzil como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou então a urrar muito alto. E, quanto mais rugia, mais apertava a panela quente contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.
Quando os caçadores retornaram ao acampamento, se depararam com uma cena inusitada: o urso estava recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O bravo animal tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar no panelão,e seu grande corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo ferozmente.
Quando terminei de ouvir este acontecimento de um dos caçadores, comecei a pensar, e percebí que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes para nós. . . . Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim ainda a julgamos importantes, pois ainda não conseguimos assimilar o verdadeiro valor e sentido das coisas.
Temos medo, muito receio mesmo de abandoná-las e esse medo exacerbado nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero às vezes, ansiedade desmedida e por fim, depressão... Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos com ardor
Para que tudo dê certo em sua vida, é imperioso reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir, de avançar e de ser feliz.
Tenha a coragem do urso e a visão que o urso não teve. Tenha a força do urso e a inteligência que ele não teve. Tenha a ousadia do urso e a prudência que ele não soube ter.
Tire a panela quente de seu peito; tire do caminho tudo aquilo que faz o seu coração arder; saia da rotina inconsequente que causa cansaço e infelicidade ao seu espírito; livre-se das amarras que têm toldado a mente da humanidade, tornando-a um urso queimado. . SOLTE A PANELA!
Recebi.este texto pelo correio, enviado por Moammar Gamal Ismail Filho
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
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