A HISTORIA DE UM JARDIM t Silvana Duboc
Amanheceu, o dia era lindo, o sol brilhava o jardim cheio de flores, cada uma delas mais imponente e perfumada que a outra começava enfim a primavera. ; Haviam rosas desabrochando. papoulas excitadas, jasmins que balançavam ao vento, margaridas em grupos, violetas excêntricas.
O jardim mais parecia uma festa a luz do dia. Todos que ali passavam admiravam a riqueza daquele instante, a profundidade daquele momento e podiam sentir aquele: aroma que trazia paz.
O colorido era maravilhoso, rosas,:vermelhas, margaridas amarelas, violetas roxas, tudo perfeito, tudo completo, A grama completava aquele cenário irretocável e os raios de sol pousavam para emoldurar aquele momento.
Chegou então o jardineiro, para dar amor e carinho àquelas flores, fez o seu serviço em silêncio. Podou, regou, plantou novas sementes quando de repente percebeu que era observado por alguém que lhe disse: - que belo jardim, você é um artista. conseguir manter assim tudo perfeito, é uma arte.
Ele então respondeu: mas não está tudo perfeito! Olhe ali no centro do jardim, está vendo aquela orquídea? Ela está triste e ela está chorando, ela está sofrendo muito.
- Mas você consegue enxergar isso? Eu não estou conseguindo perceber, ela me parece tão linda.
- Você não consegue perceber, porque a beleza que ela traz por fora esconde a tristeza que ela carrega por dentro, mas eu posso perceber, porque os meus olhos moram no meu coração e é só por isso que eu sou um artista. Conservar a beleza de um jardim, não é ser artista, ser artista é perceber, entender; aceitar e sentir a tristeza de uma única flor que se esconde no meio de tantas.
Transcrito de um site na Internet
terça-feira, 1 de junho de 2010
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